Paraná passa a contar com Diretrizes Estaduais de Segurança do Paciente
Data de publicação: 17 de dezembro de 2018
Foi lançado nesta terça-feira (18), em Curitiba, o documento elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde especificando as diretrizes de segurança do paciente a serem adotadas em todo o Paraná. A ideia é definir, implementar e avaliar medidas estratégicas voltadas à qualificação do cuidado em saúde no Estado. O documento foi assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi, durante solenidade no auditório da Secretaria da Saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos milhares de pessoas sofrem danos desnecessários causados por serviços de saúde inseguros. Para combater esse problema, a OMS e outras agências de saúde têm estimulado gestores e governos a adotarem a medidas para a segurança do paciente. Atualmente, estima-se que os danos a pacientes sejam a 14ª maior causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo.
Como explica o secretário Nardi, desde 2004 a OMS implantou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, para despertar a consciência dos profissionais envolvidos no atendimento em saúde, e o comprometimento dos gestores na consolidação de políticas públicas na área de segurança dos pacientes.
“No Paraná, esse compromisso com o atendimento qualificado a quem procura os serviços de saúde é uma constante. Tanto que estamos lançando hoje as nossas diretrizes, que vão nortear as ações na área de segurança do paciente em todo o Estado entre os anos de 2019 e 2023”, disse o secretário Nardi.
O Gerente Técnico Científico, Dr. Jackson Rapkiewicz, e a Presidente do CRF-PR, Dra Mirian Ramos Fiorentin, participaram da assinatura deste importante documento. A Presidente destacou em sua fala a importância de investir em ações para estimular a promoção da cultura de segurança do paciente. “Essas diretrizes vêm ao encontro a uma necessidade que o Paraná e o país demonstram a cada dia ter de ser enfrentada. Temos que congregar as energias de cada uma das entidades de saúde, buscando fomentar dentro de cada uma a necessidade do enfrentamento desse problema e assim contribuiremos com a orientação, a motivação e a agregação de conhecimentos que possam fortalecer, portanto, essa estratégia”.
PARTICIPAÇÃO – O documento com as diretrizes é resultado direto do trabalho desenvolvido pelo Comitê Estadual de Segurança do Paciente, que desde 2016 reúne, além da Secretaria de Estado da Saúde, representantes do Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS/PR), Conselho Estadual de Saúde (CES), Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (FEHOSPAR), Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (FEMIPA), Conselho Regional de Medicina (CRM/PR), Conselho Regional de Enfermagem (COREN/PR), Conselho Regional de Farmácia (CRF/PR), Conselho Regional de Odontologia (CRO/PR) e Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar (APARCIH).
A superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini, explica que a participação de todas as entidades foi fundamental para a realização do trabalho. O comitê, com a colaboração de diversos setores da Secretaria de Estado da Saúde foi responsável pela elaboração de um planejamento estratégico que serviu para delinear as diretrizes estaduais de segurança do paciente.
SEGURANÇA – A superintendente Cordellini também acrescenta que a segurança do paciente pode ser entendida como a busca pela redução ao mínimo do risco de dano desnecessário associado ao cuidado em saúde. No Brasil, o Ministério da Saúde define seis protocolos básicos de segurança do paciente que têm como objetivo evitar as ocorrências adversas durante os atendimentos aos pacientes. Cada um deles versa sobre um tema diferente: identificação do paciente, prevenção de quedas, segurança no uso de medicamentos, prática da higiene de lavar as mãos, cirurgia segura e prevenção de úlceras e lesões na pele devido a longa permanência hospitalar.
“Essas diretrizes são resultado do trabalho de uma grande equipe, que, juntamente com diversas entidades da área de saúde, se propôs a fazer esse plano que vai padronizar e orientar profissionais e gestores em relação aos cuidados com a segurança dos pacientes”, finaliza Júlia.
Fonte: Sesa-PR e CRF-PR